A violência escolar na contemporaneidade

Wesley da Silva
24 de ago. de 2016
2 min de leitura

IstoÉ online

A escola é o lugar de formação da ética e da moral dos sujeitos ali inseridos. Assim como cita Vigotsky "Através dos outros nos tornamos nós mesmos", e Bakhtin "Ser significa ser para o outro e, através dele, para si", é notório que precisamos do coletivo para aprender, no entanto o que vemos é que vivemos numa sociedade corrupta e individualista que influencia sobre a violência social. A violência escolar relaciona-se diretamente na identidade social, nos valores, relações humanas e aspectos socioeconômicos do indivíduo. Diversos são os tipos de agressões contidos no ambiente escolar, a falta de autoridade dos professores e da escola como um todo influencia diretamente nessa violência. A família é outro ponto importante a se abordar, o convívio familiar é de extrema importância na criação da identidade do aluno. A violência no trajeto ou dentro da instituição de ensino afasta os estudantes da escola. Dados do IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ) em consulta a 109 mil alunos de 3 mil escolas apontam que 8,8% disseram que deixaram de ir a aula uma vez em 30 dias por não se sentirem seguros. A pesquisa também demonstra que 7,3% estavam envolvidos com brigas de uso de arma branca, 6,4% com uso de armas de fogo e 7,2 eram vítimas de bullying. Os alunos precisam de muito mais do que só conhecimento acadêmico, é vital que a comunidade precisa ficar atenta aos valores sociais dos seus indivíduos, e é indispensável que os professores sejam a ponte de valores socioeducativos entre os indivíduos e a escola. A violência escolar deve ser considerada como um ataque a cidadania. Em síntese é imprescindível combater a violência com arte, esporte, educação e cultura. As escolas precisam abrir suas portas a comunidade para promover a integração da escola e sociedade bem como investir em criações de projetos socioeducativos para buscar a valorização do espaço escolar e do respeito coletivo.