top of page

Os jogos da exclusão nas redes televisivas

  • Anderson Meira e Wesley Meira
  • 21 de set. de 2016
  • 2 min de leitura

Jornal da Usp online

Percebemos que o grande foco das emissoras de canais abertos a alguns dias atrás ficou estritamente voltado para o evento mundialmente conhecido como “Olimpíadas”, que teve grande repercussão e trouxe picos de audiências para as emissoras a ponto de parar a programação habitual. A olimpíada passou e chegamos ao evento seguinte, às Paralimpíadas, supostamente seria outro evento que levaria a galera a loucura, vibrando e torcendo. Porém o que se observou foram apenas algumas vitórias noticiadas, cortes de cenas que captaram os melhores momentos, quanto a cobertura completa ficou a cargo das emissoras fechadas, que aqui valem citar: TV Brasil e SportTV. Ao refletir pensamos se as Paralímpiadas não carregam a mesma significância que o evento anterior? Ambos os espetáculos não divergem entre si, o segundo apresenta algumas modalidades adaptadas. Mas no final, o prêmio, as histórias compartilhadas, os choros e as vibração são as mesmas. Tem-se também a unificação dos mesmos países participantes dos jogos anteriores. Silva em “A produção social e a identidade da diferença” traça algumas considerações importantes para reflexão da heterogeneidade e igualdade, embora pareçam distintas carregam em si o cruzamento de sentidos. Ele começa debatendo a respeito da relação de dependência da identidade e diferença. A primeira é aquilo que sou (sou brasileira) quando afirmo a minha identidade estou automaticamente negando o que não sou, e isso é o que diferencia do outro, pois só é possível se distinguir quando o outro é diferente de mim. E a diferença é aquilo que o outro é (ela é chinesa). Nessa relação afirmamos aquilo que somos e o que não somos, a diferença deriva da identidade. Quando constituímos como seres diferentes não estamos nos isolando. Estamos abrindo caminho para que o outro possa influir naquilo que sou, dessa forma, a diversidade se constrói não para excluir, mas incluir.

Copeve.ufal

Como podemos transmitir para os nossos filhos valores de igualdade sendo que a mídia propaga o oposto? Como podemos extinguir o bullying ou qualquer outro problema de exclusão apresentado? Sendo que nos meios de comunicação o valor da igualdade não é apresentado. Vemos nesse meio o alienamento que a própria mídia transfere no telespectador. Os canais midiáticos atuam na segregação constantemente, o que se vê é o comércio de uma indústria que tenta vender aquilo que lhe convêm. É como se dividissem os jogos em dois: o primeiro seria o mundo idealizado, o físico perfeito, a força, o "sonho" supostamente da maioria dos telespectadores. Ao segundo, por sua vez, os olhos do público devem se atentar somente para a deficiência, como se o único legado fosse a necessidade de se provar a todo momento. Esporte é promover o bem estar e a cidadania, e as Paralimpíadas é um exemplo de exercício de superação, habilidade, atitude e acima de tudo, do espírito olímpico.

 
 
 

Comentários


Autores da Semana
14063928_1050794018331468_3922591227240183172_n
13653422_823510154446356_6463146371095711539_o_edited
13584883_1115927728478681_1108424995939329354_o_edited
14199560_1300617826615031_2564368952089645277_n_edited
13653422_823510154446356_6463146371095711539_o_edited
14040145_1169986416406145_7374595358445862403_n_edited_edited
13906887_1082409941842868_8038382533576414576_n
Leia Mais 

© Copyright - Centro de Referência Esportiva Três Lagoas - Todos os direitos reservados

bottom of page